sexta-feira, 27 de julho de 2012

Sucrilhos

Tem pouco mais de dois meses que tive contato com a música desse Criolo, apesar de já ter ouvido algum buxixo em torno do seu nome desde de 2010.
Sampleei o cd do cara, botei no headfone e desde então não consigo parar de ouvir...
Como bom paulista, nascido no geto e com uma origem muito parecida as letras realmente me cativaram, mas Criolo vai mais além do poder das rimas que seu rap já apresentava desde 2006, seu som tem uma mistura a la brasileira, com MPB, funk, soul e blues, além do samba e do rap. 

Com uma sacada maneira, cheio de referências e "mensagens pra bom entendedor" o cara não perde tempo em mandar seu recado, reto e direto!



Posto um dos meu sons preferidos... 
[se bem que é difícil dizer qualé que curto mais nesse balaio!]


"

Calçada pra favela, avenida pra carro,
céu pra avião, e pro morro descaso.
Cientista social, Casas Bahia e tragédia,
Gostam de favelado mais que Nutella
Quanto mais ópio você vai querer?

[...]
Eu tenho orgulho da minha cor,
Do meu cabelo e do meu nariz.
Sou assim e sou feliz.
Índio, caboclo, cafuso, criolo! Sou brasileiro!
"

A torcida agora é pra que contrariando a "lógica natural das coisas" sua exposição na grande mídia não o torne um "blockbuster" como rolou com muitos "bons aliados".



8]

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Afinal é sexta a noite!

"Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu..."


Posso dizer que hoje foi um dia daqueles... muitos acontecimentos e no fim a vontade que resta é correr pra perto dos amigos e amores e esquecer do turbilhão que às vezes é a vida!


Este espaço é um local bacana pra se desabafar... ele não retruca!
Os comentários que surgem, quando surgem, quase sempre são motivadores... além disso a tela em branco aceita tudo, ou quase!

Não sou adepto das lamentações... a vida também é mais que isso!
Mas hoje é aquele dia em que poderia ter sido pulado na minha contagem, vendo assim no repente acredito que ele não fará falta. Se bem que dentro de todo desespero existe uma alívio iminente, ou nas palavras da Fernanda Takai, "as brigas que ganhei nem um troféu pra casa eu levei, as brigas que perdi essas sim eu nunca esqueci!"



Enfim, amanhã vamos estar melhor...ou ao menos de porre! heheh
Afinal hoje ainda é sexta a noite!




8/





terça-feira, 10 de julho de 2012

Que tal nos rebelarmos?!?

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Já dizia um velho e sábio barbudo que a revolução socialista ocorreria pelas mãos de uma determinada classe... 
Não daquela detentora dos meios de produção, donas do capital e que ao longo do tempo e em condições específicas se apropriaram dos meios de produção, centralizando em suas mãos diversos mecanismo de poder, todos empenhados em manter a ordem das relações sociais, muitas vezes entendidas, inclusive, como naturais...
Não foram a esses que ele atribuiu os mecanismos para a realização da tão sonhada revolução.

Você já deve ter ouvido essa história, certamente também deve ter presenciado diversas vezes a contradição que emana dessa relação conflituosa que está latente em nossa sociedade. Esta mesma relação social que o saudoso velhinho buscou explicitar com tanta veemência enquanto vivia. 
Agora mesmo que nunca tenha percebido, ou ouvido falar dela, com certeza ela faz parte de sua vida... E você, estimado leitor, tem uma atuação cotidiana sobre ela, seja de um modo ou de outro, para perpetuá-la ou superá-la!

Engraçado que com o passar do tempo e com tantas versões da mesma história, é fácil tomá-la como uma anedota... ou achar que não passa de uma estória qualquer... 
Ledo engano!

Claro que falar em classes hoje tendo como parâmetros aqueles moldes tradicionais, soa meio estranho!
Olhar para a sociedade na qual vivemos e tentar identificar a estratificação oriunda da divisão social não é tão fácil como foi em tempos de outrora, mas elas estão lá... misturadas, diversificadas, mas presentes! 
Talvez não com o mesmo poder revolucionário que lhes fora conferido, mas estão todos lá... obreiros, operários, trabalhadores do campo, donos de terras, empresários, microempreendedores, trabalhadores sem trabalho, latifundiários, subempregados, assalariados, coronéis, expropriados, "vivendo do suor do seu labor", "rouba, mas faz", banqueiros, e até os que "comem o pão que o diabo amassou", estão todos lá... na vida real!
Alguns deles, muitos deles, a maioria deles, como sempre, dando mais do que recebem, seja no campo ou na cidade, para sustentar a "enferrujada engrenagem".

E não pense que nossa odisseia ao chegar no século XXI tornaram esses que vendem sua força-de-trabalho dispensáveis... 
Nossa sociedade ainda é alimentada pelos trabalhadores, eles, nós e vós constituem ainda a principal força produtiva, mesmo nos ramos mais avançados da indústria ou do campo, mesmo onde o nível técnico exija contratações de operários mais especializados, lá estão!

Pois é, mas quem guarda os portões da fábrica? 
E o nosso dia vai mesmo chegar? 
Será que o que queremos é apenas um trabalho honesto em vez de escravidão? 

Acredito que precisamos de mais perguntas, indagações, indignações com uma boa pitada de inconformação...
Terreno fértil para isso temos, mas o que nos falta então?!?!?

De uma coisa sei: o amanhã não vem pronto, nem determinado pelo cosmos ou por quaisquer outras coisas! 
O amanhã é gestado no cotidiano! 
E "sabe-se que na América e no mundo a revolução vencerá, mas não é próprio de revolucionários sentar-se à porta da sua casa para ver passar o cadáver do imperialismo."    (Declaração de Havana - 1962).  Até porque, como bravejava nosso querido comandante, "o dever de todo revolucionário é fazer a revolução".

Que tal nos rebelarmos?!?

Essa também é uma possibilidade... pense nisso!
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ps. Acabei dando voz a esses devaneios, meio que no repente, depois de assistir ao vídeo que posto aqui da música A fábrica da banda Legião Urbana ilustrado com cenas do filme Tempos Modernos do mestre Chaplin encontrado nessas andanças pelo youtube.




Hasta pronto!


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domingo, 8 de julho de 2012

O alvo pode não ser o objetivo


"Quem acerta o alvo erra todo o resto."

Danilo Kis - romancista sérvio


Depois de ler essa frase fiquei assim, matutando... 
Taí, às vezes o alvo não é o objetivo!
E não acertá-lo certamente abrirão outras possibilidades...


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Enquanto isso vamo de Manu Chao pra animar a domingueira...


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