quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Para o compa Regis Martins

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Num tempo muito muito distante, quando tínhamos saudades dos amigos, escrevíamos cartas.
Eu mesmo fui um desses...

Pegava um pedaço de papel, caneta e com algumas idéias iniciávamos assim...



Oi fulano,

Espero que quando esta carta chegar em suas mãos encontre todos bem... 

(...)
pois bem,

Com envolope fechado e selado, aguardavámos o trabalho dos correios que com a distância podia se demorar mais ou menos dias...

Mais algum tempo de espera e eis a reposta (ou não!).
Esse tempo variava conforme a empolgação do destinatário para remeter a resposta, o que dependia necessariamente de uma série de outros fatores!

No fim, e com a resposta em mãos, iniciava-se o ciclo novamente e assim seguiamos!

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Pois bem, o tempo passou e mesmo o selo para as cartas de pessoas físicas para pessoas físicas custando ainda - símbolicos - R$ 0,01 centavos de real, ninguém (ou quase ninguém!!!) escreve cartas hoje em dia... 
Em verdade postamos mensagens no FB, ou dedicamos um post em nosso blog ao amigo destinatário! 

Bom também, diga-se de passagem! 
Comunicação mesmo em tempos express, ainda servem para reforçar os laços e dizer para aqueles de quem sentimos saudades que eles são especiais!

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Regis esse é pra você brow... saudades da sua pessoa!

"Havia a um canto da sala um álbum de fotografias intoleráveis,
alto de mtos metros e velho de infinitos minutos,
em que todos se debruçavam
na alegria de zombar dos mortos de sobrecasaca.

Um verme principiou a roer as sobrecasacas indiferentes
e roeu as páginas, as dedicatórias e mesmo a poeira dos retratos.
Só não roeu o imortal soluço de vida que rebentava
que rebentava daquelas páginas".
 
(os mortos de sobrecassaca - Carlos Drummond de Andrade)

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Felizmente algumas coisas nem os vermes conseguem roer! 

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Com carinho,

8]

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